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Mostrando postagens com o rótulo ONU

A Palestina Reconhecida | com Natália Calfat | 228

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Em meio ao massacre de civis promovido por Israel na Faixa de Gaza, além da repressão à população palestina na Cisjordania ocupada, três países europeus decidiram reconhecer o Estado Palestino: Espanha, Irlanda e Noruega. Pouco antes desse reconhecimento do Estado da Palestina pelas três nações européias, naufragou uma tentativa de fazer avançar o mesmo na ONU, novamente por causa de um veto dos EUA no Conselho de Segurança. A presença da Noruega no grupo é particularmente significativa, já que o país abrigou as negociações que culminaram nos Acordos de Oslo, em 1993, com a mediação dos Estados Unidos. Naquele momento se reconhecia como caminho a solução de dois Estados e se trocava "paz por terra". O problema é que tais acordos jamais foram cumpridos. O signatário deles por Israel, Yitzhak Rabin, foi assassinado por um extremista de direita israelense em 1995. A isso se seguiram ataques terroristas de grupos extremistas palestinos e a continuidade da construção de colônias d

Lula, a ONU e o mundo | com Fernanda Magnotta | 195

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Na terça-feira, 19 de setembro de 2023, Lula fez seu primeiro discurso na ONU em seu terceiro mandato presidencial. Na fala o presidente reforçou o compromisso da política externa brasileira com o multilateralismo e o respeito à legalidade internacional.   Ele também reivindicou uma reforma dos organismos multilaterais, tornando-os mais equitativos no tratamento dos diferentes países, com distintos poderios econômico, político e militar. Outros pontos enfatizados pelo chefe de Estado brasileiro foram a necessidade de se combater a desigualdade e as mudanças climáticas.   O discurso marcou uma volta da política externa brasileira à normalidade, após quatro anos de descalabro e isolamento. O pronunciamento também ajudou Lula a atenuar estragos de recentes declarações improvisadas e desastradas, acerca da invasão russa da Ucrânia, do papel do Tribunal Penal Internacional e do regime político venezuelano. Para entendermos esses e outros pontos, o #ForadaPolíticaNãoháSalvação

A reação antigênero | com Flávia Biroli | 134

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O avanço de uma agenda igualitária de direitos relacionados a gênero tem um sentido claramente democrático. Por isso mesmo, a reação ultraconservadora a ela representa mais uma faceta da recessão democrática que marca nosso tempo. Essa agenda democratizante tem diversas dimensões: direitos reprodutivos, casamento igualitário, valorização da diversidade, educação voltada para a tolerância. Pois a reação a essa democratização ataca cada um desses pilares, denunciando uma suposta "ideologia de gênero".   No âmbito internacional, um marco desse processo de afirmação de direitos foi a "IV Conferência Mundial sobre a Mulher: Igualdade, Desenvolvimento e Paz" das Nações Unidas. A ele se seguiram outros avanços no âmbito de organismos transnacionais. Não à toa o reacionarismo contemporâneo vê nos órgãos multilaterais um inimigo "globalista", que faz avançar o "marxismo cultural", em que a questão de gênero ocupa papel central. Mas afi