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Mostrando postagens com o rótulo Fascismo

Bolsonarismo moderado existe? | com Guilherme Casarões | 225

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Lideranças bolsonaristas têm procurado se apresentar ao eleitorado e à opinião pública como moderadas, mesmo mantendo seu apoio a Jair Bolsonaro, a despeito de tudo o que se sabe sobre suas tentativas de deflagrar um golpe de Estado e, consequentemente, uma ruptura democrática no Brasil. Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, em particular, tentam se apresentar como este oxímoro: "bolsonaristas moderados". Alguns analistas parecem levar a sério a possibilidade de que tal coisa exista, afirmando em colunas de jornal e rádio que esse "extremismo moderado" seria bem-vindo, ou simplesmente classificando tais extremistas de fala mansa como parte da "centro-direita". Faz algum sentido tal classificação? Tem nexo a ideia de um "bolsonarismo moderado"? Quais as implicações de levar tal ideia a sério? Que ameaças à democracia representa essa extrema-direita dissimulada ou com modos à mesa? Para discutir tal tema , este #ForadaPolíticaNãoháSalva

Revolução dos Cravos: 50 anos | com João Paulo Avelãs Nunes | 224

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Neste último 25 de abril completaram-se 50 anos da Revolução dos Cravos, que instaurou em Portugal, pela primeira vez, uma democracia.  Além de derrubar a mais longeva ditadura da Europa Ocidental – o Estado Novo português –, o Movimento das Forças Armadas (MFA) inaugurou a terceira onda de democratização. Em seu âmbito ocorreram as transições à democracia noutros países do sul da Europa (Espanha e Grécia), na América Latina, no Leste Europeu, na África e na Ásia. Hoje, quatro em cada cinco portugueses avaliam positivamente o 25 de Abril, mas ao mesmo tempo ganha terreno no país uma extrema-direita autoritária, racista e xenófoba, representada pelo partido Chega, saudoso do Salazarismo. Qual o significado do 25 de Abril? Qual a natureza do Estado Novo português, derrubado em 1974? Que mudanças a revolução dos capitães permitiu que ocorressem em Portugal desde então?  Para discutir tais temas , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o historiador  João Paulo Avelãs Nu

De Bolsonaro a Lula III | com Antonio Lavareda | 208

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Muito se fala da polarização radicalizada que vivemos no Brasil - assim como em outras democracias do mundo. Em nosso caso, tal polarização cresceu de 2013 em diante, foi impulsionada pelo lavajatismo e aprofundada pelo quadriênio bolsonarista. Ao analisar esse processo, contudo, é preciso ter cautela e analisar a realidade levando em conta as diferenças entre os polos. A polarização se constitui por uma extrema-direita, encarnada pelo bolsonarismo, mas não há uma extrema-esquerda em contraposição. Trata-se, portanto, de uma polarização assimétrica. De que forma o país se encontra hoje, mais de um ano após as eleições e com o terceiro governo Lula quase completando seu primeiro aniversário? A polarização se radicalizou ainda mais, ou há dados que nos possam indicar o contrário? Temos motivos para sermos otimistas, ou o pessimismo é inevitável diante das evidências? Para discutir tais temas, o #ForadaPolíticaNãoháSalvação, em seu último episódio do ano de 2023, recebe o cientista políti

Biografia do Abismo | com Felipe Nunes & Thomas Traumann | 207

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Em todas as democracias há polarização política. O discurso de "nós contra eles" é esperado nas disputas eleitorais e no embate entre governo e oposição. Contudo, qual o limite para isso sem que se estiole o próprio jogo democrático?   Durante os anos da polarização PT-PSDB no Brasil, os limites foram por muito tempo delimitados pela lógica da competição entre adversários, não inimigos. Isso começou a desandar na contestação de Aécio Neves ao resultado das urnas em 2014 e na batalha que culminou no impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Mas isso ainda era café pequeno perto do que viria a ser a polarização do petismo com o bolsonarismo – uma polarização assimétrica, diga-se. Afinal, enquanto o PT ocupa o lugar de uma esquerda democrática, o bolsonarismo lidera a extrema-direita no Brasil.   A partir daí, as posições políticas se calcificam e os adversários dão lugar a inimigos a serem extirpados. Eleições passam a ser atos identitários e o julgamento sobre políticas públicas

O Caminho da Autocracia | com Conrado Hübner Mendes, Marina Slhessarenko e Mariana Amaral | 179

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As democracias mundo afora têm experimentado, desde o final do século passado, um processo de retrocesso, ou de recessão democrática, nos termos de Larry Diamond.   Assim, menos países são democráticos hoje do que há vinte anos e muitas democracias são menos democráticas do que eram antes.   De que forma esses processos se dão nas diversas experiências nacionais? De que maneira o governo de Jair Bolsonaro se inscreve nessa linhagem? Para discutir tais temas , este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe pesquisadores do LAUT (Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo), autores de um novo livro sobre o assunto. A obra e "O Caminho da Autocracia: estratégias atuais de erosão democrática" , publicada pela Tinta-da-China Brasil. Contamos com a participação de três dos cinco autores do livro: Conrado Hübner Mendes, professora da Faculdade Direito da USP, coordenador do LAUT e colunista da Folha ; Marina Shlessarenko Barreto, doutoranda em ciência política na USP; e