O Bolsonarismo e a Religião | com Emerson Urizzi Cervi | 216

Jair Bolsonaro é alvo da Polícia Federal em diversas investigações, que vão desde a prosaica subtração de joias dadas ao governo brasileiro até a urdidura de um golpe de Estado.



Diante de uma situação cada vez mais encrencada, o ex-presidente populista convocou um ato em sua defesa para a Avenida Paulista, ocorrido em 25 de fevereiro.

O público foi grande: cerca de 185 mil pessoas, segundo contagem feita pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da EACH-USP.



Mas não é só a multidão presente fisicamente no ato que conta. Houve também uma grande audiência do ocorrido ali em transmissões ao vivo feitas por canais de extrema-direita no YouTube.

Ademais, um aspecto em particular chamou a atenção: o tom fortemente religioso do evento, assemelhando-se a um culto evangélico.

Esse matiz foi dado não só pelo seu principal organizador, o pastor da Assembleia de Deus, Silas Malafaia, mas também pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e pelos discursos de alguns dos presentes, como o deputado federal extremista Nicolas Ferreira (PL-MG).

Se a religião compareceu com tudo, os militares ficaram de fora. Muitos deles, do círculo castrense próximo a Bolsonaro, nem poderiam comparecer, pois estão proibidos pelo STF de se encontrar, devido a também serem investigados no inquérito dos atos antidemocráticos. Pastores e políticos evangélicos, contudo, tinham salvo-conduto para estar ali e, com isso, pontificaram.

O que significa esse tom fortemente religioso, até mesmo messiânico, do ato em defesa de Bolsonaro, que chegou até mesmo a reivindicar ao Congresso a aprovação de uma anistia aos golpistas? Para onde vão o bolsonarismo e a extrema-direita como um todo? Devido à desilusão com os militares, seriam agora os religiosos e a religião o principal esteio da extrema-direita brasileira?

Para discutir tais temas este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o cientista político Emerson Urizzi Cervi, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pesquisador das mídias digitais, das disputas partidárias e da extrema-direita brasileira.

Cervi também coordena o grupo de pesquisa em Comunicação Política e Opinião Pública (CPOP).


As músicas deste episódio são "Agnus Dei X - Bitter Suite", de Kevin MacLeod e "God Fury" do Anno Domini Beats.


Leia o blog do #ForadaPolíticaNãoháSalvação no site da CartaCapital.


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