A questão racial no Brasil: há o que celebrar? | com Luiz Augusto Campos | 203

Em 20 de novembro o Brasil celebra nacionalmente o Dia da Consciência Negra. No país que mais tardiamente aboliu a escravidão, onde desigualdades raciais são abissais, tanto econômica como socialmente e nos direitos humanos, há o que celebrar? Devemos ser otimistas ou pessimistas?



Nos últimos anos, diversas políticas têm sido adotadas para mitigar o problema. É o caso das cotas raciais no ensino superior e no serviço público. Também no âmbito empresarial há iniciativas voltadas ao aumento da diversidade racial e de gênero, um novo mantra do discurso corporativo.



Qual o alcance dessas medidas? Elas de fato alteram o cenário das relações raciais no Brasil, ou atingem apenas pequena parcela da população, em particular no alto da hierarquia social?

É preciso lembrar também que a população negra é a mais vitimada pela violência de um modo geral e pela violência estatal, em particular. As polícias matam mais negros, a despeito do paradoxo de serem as corporações estatais com maior participação de negros.

Na política institucional há um grande déficit de inclusão da população negra, com a sub-representação de negros em postos eletivos executivos e legislativos, bem como nas posições de direção dos partidos. Candidatos negros são subfinanciados em suas campanhas, a despeito de decisões da justiça eleitoral determinando o contrário.

Para discutir tais temas, o #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe o sociólogo e cientista político Luiz Augusto Campos, professor do IESP UERJ, coordenador do GEMAA, editor da revista Dados e autor de importantes trabalhos sobre o assunto.

Recentemente Campos, junto a outros autores, publicou dois livros sobre a temática: "Raça e eleições no Brasil" e "Ação afirmativa: conceito, história e debates".


As músicas deste episódio são "Madam Wahala Beat", de Nana Kwabena, e "Kula", de Topher Mohn & Alex Elena.


Leia o blog do #ForadaPolíticaNãoháSalvação no site da CartaCapital.


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