A Lava Jato vai às urnas, com Fábio de Sá e Silva | #107
Sérgio Moro, depois de prender e tirar da disputa de 2018 o ex-presidente Lula, então favorito, abandonou a magistratura e ingressou no governo do principal beneficiário de suas decisões, Jair Bolsonaro.
Sua passagem no governo foi atribulada quanto efêmera: já no início do segundo ano de mandato, rompeu com Bolsonaro e saiu fazendo sérias acusações de tentativa de interferência da Polícia Federal por parte do presidente da República.
Saindo da magistratura para a política partidária, Moro tinha dois caminhos diante de si: trabalhar no setor privado, ou entrar de vez na política partidária, disputando eleições. Optou pela segunda alternativa.
Tão logo foi anunciado o ingresso de Moro no Podemos, seu fiel escudeiro na Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, anunciou que deixaria o Ministério Público para também se aventurar na política partidária – na mesma agremiação de seu antigo aliado e para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Afinal, a Lava Jato apenas chancelou seu caráter político-partidário, com seus membros ingressando na disputa eleitoral, ou há aí algo de novo?
Quais as consequências desse ato, bem como da atuação pregressa dos membros da força tarefa, para a democracia brasileira?
Para discutir esses temas o convidado deste #ForadaPolíticaNãoháSalvação é Fábio de Sá Silva, professor de Estudos Brasileiros na Universidade de Oklahoma e Cientista Social do Direito. Fábio vem há um bom tempo pesquisando a atuação da Lava Jato e analisa o significado do lavatismo para nossa política, bem como seu papel na emergência do bolsonarismo.
As músicas deste episódio são "Lazy Boys Blues" e "Sunshine on Sand", ambas do Unicorn Heads.
Não deixe de ler o blog do #ForadaPolíticaNãoháSalvação no site da CartaCapital.
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