A demissão de Salles e a rachadinha da vacina
A demissão do desministro do 1/2 ambiente no mesmo dia em que explode o escândalo da rachadinha da vacina não é mera coincidência.
E não se trata só da tão alardeada tática da cortina de fumaça.
Trata-se de que são dois casos de corrupção envolvendo a alta cúpula do desgoverno.
Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil
Num caso é envolvimento direto de um ministro favorito de BolsoNero com a proteção a madeireiros ilegais - culminando na exoneração de dois delegados da PF.
No outro caso é o empenho direto do Presidente da República na compra superfaturada de vacina reprovada pela Anvisa.
Ao se livrar de Salles, BolsoNero (que ontem mesmo elogiou o ministro) tenta se afastar de ao menos um dos casos de corrupção. Mas já é tarde para isso. E precisamos ver como Alexandre de Moraes lidará com o caso.
Na rachadinha da vacina, não se trata só de vacina cara, que poderia ter sido comprada apesar do preço alto, num cenário de escassez. Trata-se de vacina reprovada pela Anvisa, com tentativa de compra por fora do contrato, a preço superfaturado e com conhecimento silente do presidente.
Informado do malfeito inclusive com documentos que lhe foram encaminhados por um deputado bolsonarista de coração, BolsoNero não só se omitiu, anuindo, mas inclusive cortou o canal de comunicação com o denunciante – demonstrando que não queria resolver o problema.
Portanto, o desgoverno BolsoNero, no dia de hoje, movimentou o cenário político em torno não de um, mas de dois casos de corrupção.
#VacinaGate
#RachadinhaDaVacina
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